quarta-feira, 27 de abril de 2016

Bexiga neurogênica.

 Bexiga neurogênica

Bexiga neurogênica e o mau funcionamento da bexiga devido a doenças do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção, que fazem com que o indivíduo não consiga controlar adequadamente o ato de urinar. Tanto pode ser afetada a musculatura da bexiga como os seus esfíncteres. A bexiga pode se tornar hipoativa, incapaz de contrair-se voluntariamente ou hiperativa, com perda involuntária da urina.

Causas
As causas da bexiga neurogênica podem ser genéticas ou dever-se a doenças neurológicas reversíveis ou irreversíveis, compressão da cauda equina, acidente que lesiona a coluna ou doenças neurológicas degenerativas.

 Sinais e sintomas
Os principais sinais e sintomas do paciente com bexiga neurogênica são:
·        Esvaziamento incompleto da bexiga
·         Perdas de pequenas ou grandes quantidades de urina infecções urinarias frequentes.
·        Uma bexiga hipoativa em geral tem pouca ou nenhuma atividade, não consegue se esvaziar e dilata-se muito. Como esta dilatação se dá lentamente ela, na maioria das vezes, não é dolorosa.
 Algumas vezes a bexiga permanece aumentada de tamanho e perde pequenas quantidades de urina por extravasamento.     
·        A estase da urina proporciona as condições que estimulam o crescimento de bactérias e, assim, de infecções.   
  
Diagnostico  
·        O diagnóstico da bexiga neurogênica pode ser feito pelo médico neurologista após avaliar o indivíduo através de exames como ultrassonografia, uretrocistografia e exame urodinâmico.

Tratamento 
O tratamento para bexiga neurogênica é complexo e pode envolver:
  • Cirurgia de desvio da urina até uma abertura externa (ostomia) criada na parede abdominal ou para aumentar a bexiga;
  • Toma de medicamentos como cloreto de betanecol, neurotransmissores como glutamato, serotonina, noradrenalina, dopamina e o ácido gama-aminobutírico (GABA);
  • Uso da toxina botulínica (botox);
  • Sonda que possa ser passada periodicamente pelo próprio paciente (4 a 6 vezes ao dia) e removido após o esvaziamento da bexiga;
  • Fisioterapia.
O tipo de tratamento vai depender da causa da doença, visando solucioná-la mas quando isto não é possível, o médico poderá indicar uma combinação de tratamento para melhorar a qualidade de vida do indivíduo e evitar infecções de repetição e o comprometimento renal.
Medidas preventivas
  • Beba muitos líquidos, especialmente água. Isso porque os fluidos irão diluir a concentração de minerais em sua urina. Quanta água você deve beber depende de sua idade, altura, saúde no geral e nível de atividade física
  • Busque ajuda médica ao menor sinal de sintomas urinários, a fim de fazer o diagnóstico e tratamento precoces.

Cuidados da enfermagem 

Em relação a esse diagnóstico, deve-se observar alguns aspectos como a percepção da necessidade de urinar; queixas de incontinência ou gotejamento; comunicação de alívio após urinar; características da urina, distensão e capacidade da bexiga. É importante observar estes aspectos porque, apesar de o cliente ter o controle voluntário sobre a micção, o músculo detrusor atônico impede que ele sinta quando a bexiga está cheia.

1.   Ensinar medidas para ajudar a reduzir a atividade do detrusor: resistir a urinar por tanto tempo quanto possível; beber líquido suficiente para distender a bexiga; programar a ingesta de líquidos de forma que a atividade do detrusor fique restrita às horas de vigília.

2.   Estas medidas visam aumentar o conforto, associado com a micção, o cliente deve condicionar o reflexo de micção ingerindo os líquidos em quantidade adequada e inibindo as contrações da bexiga

3.   Ensinar o cliente os métodos para esvaziamento da bexiga:

4.   -Manobra de Crede: colocar as mãos, imediatamente, abaixo da área umbilical; uma mão acima da outra, pressionar, firmemente, para baixo e em direção ao arco pélvico; repetir seis ou sete vezes, até que não seja expelida mais urina; esperar vários minutos, e repetir, novamente, 
para garantir o esvaziamento completo.

5.   Manobra de Valsava: inclinar-se para frente sobre as coxas; contrair os músculos abdominais, se possível, e forçar para baixo segurando o fôlego; manter até que o fluxo urinário pare, esperar um minuto e repetir; continuar até que não seja expelida mais urina.

Aluna: Gabriela sena pereira
Referencia

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