quarta-feira, 30 de março de 2016

SISTEMA ENDÓCRINO





Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo. 
O sistema endócrino humano produz hormônios que interferem em todas as funções do organismo, além de interagir com o sistema nervoso que se comunica por meio de impulsos nervosos. Já no sistema endócrino a comunicação é feita com os hormônios. Ele é formado pelas glândulas endócrinas que secretam hormônios dentro dos capilares sanguíneos.


 Principais órgãos do Sistema Endócrino e suas funções
 Hipófise ou pituitária:
Glândula que fica na cavidade óssea do crânio que afeta quase todas as funções do corpo humano. Ela produz vários hormônios importantes e boa parte de suas funções são reguladas pelo hipotálamo. A hipófise se subdivide em duas partes: adenoipófise ou lobo anterior e a neuroipófise ou lobo posterior.
 Adenohipófise:
É a parte interior da hipófise capaz de sintetizar e liberar cerca de 8 hormônios. Neurohipófise: Parte posterior da hipófise formada de tecido nervoso. Ele sintetiza a ocitocina e a vasopressina.
 Hipotálamo:
Tem a função de regular alguns dos processos metabólicos e outras atividades autônomas. Ele faz intermediação entre o sistema nervoso e o endócrino e libera os hormônios. O hipotálamo controla a temperatura do corpo, a fome, a sede e o principal controlador de expressão emocional e o comportamento sexual. A regulação do metabolismo, da reprodução, a produção de urina e outras sensações, ou seja, é bem abrangente.
 Glândula Tireóidea:
Localiza-se próxima à laringe e à traqueia. Tem o formato da letra U e mede 5cm. Produz os hormônios conhecidos como: Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) e o iodo ajuda a glândula na síntese dos hormônios. A falta do iodo causa aumento dessa glândula. Essa glândula é envolvida por um tecido conjuntivo e possui células parafoliculares e células foliculares.

 Glândulas Paratireoides:
Elas se encontram na parte frontal da glândula tireoide. Responsáveis pela produção do hormônio paratireoideano e paratormônio. Esse hormônio opera no aumento do teor de cálcio no sangue quando o íon está em baixa concentração.
 Suprarrenais (adrenais):
Subdividem-se em duas glândulas posicionadas acima dos rins, cada qual em lugares diferentes: uma na região cortical ou periférica e outra na medular ou central.
 Córtex Supra-renal:
Produzem os Glicocorticoides: Estão ligados ao metabolismo da glicose e agem como anti-inflamatório. Os mineralocoticoides administram as taxas de íons de sódio e potássio na corrente sanguínea, intercedendo na retenção ou perda de água do corpo. Uma terceira função é a produção dos hormônios sexuais masculinos ou andrógenos. Eles provocam o aparecimento de barba e outras características.
 Medula:
Trabalha com a vasoconstrição periférica, a taquicardia, o rápido aumento da taxa metabólica, o aumento do estado de alerta (a famosa tremedeira de quando se está com medo) e a diminuição das atividades digestivas renais. Secreta os hormônios epinefrina e norepinefrina criado em momentos de emergência.
 Pâncreas:
Glândula localizada do lado esquerdo do abdômen, entre a coluna vertebral e o estômago. O pâncreas desenvolve hormônios como: a insulina e o glucagon. O primeiro é incumbido de reduzir a concentração de açúcar no sangue. A falta desse hormônio causa a diabetes. Já o glucagon aumenta o nível da glicose.
 Glândula pineal:
(epífise): localiza-se na base do cérebro e produz a melatonina. Atua na regulação dos ritmos biológicos, interferindo no sistema imunológico, nervoso e hormonal.
 Timo:
Os hormônios timosina e timopoietina atuam na produção dos linfócitos T, importantes para a defesa do organismo. A glândula começa a perder sua função para outros organismos, inicia-se na puberdade. Fica no tórax, em frente à traqueia.
 Fígado:
Essa glândula produz o hormônio referente ao crescimento – GSH. Desenvolve a somatomedina.

 Rim:
Os rins estimulam o córtex adrenal, por intermédio do hormônio denominado Renina. O diidroxicolecalciferol regula a entrada de cálcio e na aplicação desse nos ossos.
 Coração:
No sistema endócrino, o coração age sobre o rim. Ele aumenta a excreção de sódio e o volume de água na urina. Além disso, produz o fator natriurético (ANF).
 Estômago:
Órgão que gera a gastrina, hormônio que aumenta a movimentação do estômago e estimula a secreção do suco gástrico.

 Duodeno:
Encontra-se no intestino delgado e produz três hormônios: secretina, colecistocinina, enterogastronas. A secretina estimula a secreção do suco pancreático e acaba com o movimento estomacal. A colescistocinina age na liberação da bile e das secreções das enzimas pancreáticas. Também inibe a motilidade do estômago. E, por último, o enterogastronas, que inibe a força motriz gástrica.
 Testículos:
Produzem a testosterona. Na puberdade, estimula a produção dos espermatozoides, além de desenvolver características masculinas.
 Ovários:
Responsáveis pela produção de estrógeno, hormônio sexual feminino. Na puberdade, estimula o desenvolvimento da parede do útero, que se prepara para receber o embrião. A progesterona, outro hormônio sexual feminino, mantém o endométrio (parede do útero) pronto. Ele fica sujeito à descamação.
 Placenta:
Produz hormônio gonadotropina coriônica (HCG), que estimula a produção da progesterona. Esse hormônio começa a se formar com o desenvolvimento da placenta.









 Pâncreas

O pâncreas é uma glândula composta que pertence ao sistema digestivo e endócrino, com cerca de 12,5 cm de comprimento, em forma de folha, situada atrás do estômago, entre a porção superior do intestino e o baço. As ilhotas de legerhans são formadas por tecidos com dois tipos de célula: as alfas, que secretam o glucagon, e as beta, que secretam a insulina.

A insulina e um hormônio de armazenamento de energia. Ela promove a síntese de glicogênio, ácidos graxos, triglicérides e proteínas.
O glucagon e um hormônio de liberação de energia. No fígado, ele aumenta a glicogenolise, o gliconeogenese e a liberação de glicose para o sangue.




Anatomia do pâncreas

O pâncreas é composto por três regiões principais: cabeça, que é a parte que se encaixa no duodeno, o corpo e a cauda, que é a parte final.



Função do pâncreas:
O pâncreas possui duas funções:
  • Pâncreas Exócrino: que tem a função de produzir sucos digestivos e enzimas que ajudam a partir em pedaços menores as proteínas, os açúcares e as gorduras, para que possam passar para o intestino.
  • Pâncreas Endócrino: que tem uma função importante na produção de hormônios, como a insulina e glucagon, os quais regulam a forma como o organismo utiliza os açúcares.


Problemas do Pâncreas

Alguns tipos de problemas no pâncreas:
  • Diabetes em que as células do pâncreas não produzem insulina, no caso da diabetes tipo 1, ou produzem insulina em quantidade insuficiente ou normal, mas o organismo não a consegue utilizar, no caso da diabetes tipo 2;
  • Câncer no pâncreas em que ocorre o crescimento de células pancreáticas malignas;
  • Pâncreas anular, que é uma malformação congênita em que uma fina banda de tecido pancreático cobre uma porção do duodeno causando obstrução que pode ser resolvida com cirurgia;
  • Pâncreas divisum, que é uma anomalia congênita em que os ductos pancreáticos não são formados durante a gestação e que pode ser resolvida com cirurgia;
  • Pâncreas ectópico, que é caracterizado pela presença de tecido pancreático em outros órgãos, que pode ser tratado com remédios ou cirurgia;
  • Pancreatite, que é uma inflamação do pâncreas que, geralmente, é causada por cálculos da vesícula que se movem para junto do ducto pancreático provocando uma obstrução;

  • Cistos no pâncreas, que são uma espécie de bolsa com líquido ou ar que são removidos através de cirurgia. 



Alunas: Jhúlia Nísio / Maristela Alves.