segunda-feira, 25 de abril de 2016

Lesões causas por exercícios

1)Conceito




As principais lesões musculares são: estiramento, distensão, contusão e ruptura. A laceração ou ruptura envolve o rompimento total das fibras musculares, sendo a menos comum das lesões. Praticamente 90% de todas as lesões musculares são contusões ou estiramentos.

De acordo com o tempo que demoram a serem regeneradas, as lesões musculares são divididas em agudas e crônicas. As lesões agudas são aquelas que levam menos de três semanas para serem recuperadas.
Quanto ao tipo, as lesões podem ser divididas entre as causadas por fatores intrínsecos, ou aquelas ocasionadas por fatores externos (ou extrínsecos). A contusão é um exemplo de lesão muscular causada por um fator extrínseco, que pode ser um trauma ou choque, relativamente comum em esportes coletivos.

Já a distensão, o estiramento e a ruptura são exemplos de lesões musculares causadas por fatores intrínsecos; ou seja, não envolvem um trauma direto ao músculo.

Graus de Lesão Muscular

Quanto à gravidade, as lesões musculares são classificadas em três graus distintos:


Ø Grau 1: É a lesão muscular que envolve a ruptura de poucas fibras musculares. Menos de 5% das fibras totais do músculo são afetadas, e o inchaço é mínimo. O desconforto é pequeno e ocorre principalmente quando o músculo é contraído ou alongado. Não há perda de função.

Ø Grau 2: As lesões de segundo grau envolvem um rompimento maior de fibras musculares, podendo afetar de 5 a 50% do músculo lesionado. O edema (inchaço) é maior e a capacidade de contração fica muito afetada. Além de não conseguir movimentar adequadamente o músculo, a dor é mais intensa que na lesão muscular de Grau 1.


Ø Grau 3: Há uma ruptura total do músculo, com grande parte das fibras sendo afetada. Há uma perda completa da função muscular, com grande hemorragia e edema. A dor é praticamente constante e o tratamento muitas vezes é cirúrgico.

Estiramento Muscular

O estiramento muscular é classificado como uma lesão de Grau 1, e não envolve o rompimento de uma grande quantidade de fibras musculares. Menos de 5% das fibras totais do músculo são afetadas, e normalmente não ocorre um hematoma (derramamento sanguíneo).
Na realidade, o que ocorre é que as fibras são alongadas exageradamente, causando uma dor tópica e que pode piorar com esforço.
Obs: Falta de alongamento e aquecimento e exagero na atividade física são alguns dos fatores que podem causar estiramento muscular.

Distensão Muscular

  É uma lesão muscular muito semelhante ao estiramento, causada por um alongamento excessivo das fibras musculares. Diferentemente do estiramento, no entanto, a distensão muscular envolve o rompimento de uma quantidade maior de fibras musculares.
De acordo com a quantidade de fibras lesionadas, a distensão pode ser de 1º, 2º, ou 3º grau, sendo a mais comum a distensão muscular de 2º grau, que envolve o rompimento de até 50% das fibras musculares.


Entre as principais causas da distensão muscular, temos:
Ø Uso excessivo da musculatura;
Ø Contração exagerada e mau uso do músculo;
Ø A prática de alguns esportes sem a técnica adequada também pode predispor o praticante à distensão muscular.

E assim como no estiramento, a distensão também é uma lesão muscular que pode ser causada por falta de aquecimento e alongamento, além da própria fadiga muscular.
Aumentar muito rapidamente a intensidade da atividade física pode também levar à distensão muscular:
 Exemplo
Ø São os corredores iniciantes, que querem aumentar demais a quilometragem em um curto período de tempo, sem que a musculatura tenha tido tempo para se adaptar ao esforço.
Ø Quem resolve repentinamente aumentar a carga dos aparelhos na academia, sem ter feito previamente uma adaptação com pesos menores.

Contusão Muscular

Bastante comum entre jogadores de futebol, a contusão muscular é considerada uma lesão traumática aguda, causada pelo choque de algum objeto (ou alguém, no caso de esportes coletivos) sobre o músculo. A contusão muscular pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a severidade do choque e do tempo necessário à recuperação.
Na contusão leve, pode haver ou não edema, e normalmente a dor diminui em pouco tempo. Nos casos de contusão moderada e severa, a dor é intensa e há infiltração de sangue nos tecidos anexos ao músculo, causando edema e um grande hematoma.

Disfunções musculares

Ao contrário das lesões, as disfunções musculares, em princípio, não afetariam a integridade física das fibras musculares. A câimbra e a contratura são disfunções relacionadas ao mecanismo de contração muscular, e não à estrutura das fibras do músculo.
·         Câimbra
câimbra é causada por uma súbita contração involuntária do músculo, causando dor quase que imediata e em variados graus. Não há ainda um consenso sobre o que causa a câimbra, mas as hipóteses mais prováveis falam em desidratação e diminuição do potássio e sódio disponíveis para as células.
·         Contratura Muscular
Aqui não há lesão muscular nas fibras, mas sim um problema com o mecanismo de contração da musculatura. A contratura ocorre devido à falta de relaxamento dos músculos durante a atividade física de alta intensidade. Ou seja, o músculo deveria relaxar após o exercício, mas acaba permanecendo contraído, causando dor.
O excesso de atividade física, uma postura incorreta durante a prática do exercício ou um rápido aumento nos treinos podem causar a contratura muscular.

2)Causas



As lesões esportivas são provocadas por métodos inadequados de treinamento, alterações estruturais que sobrecarregam mais determinadas partes do corpo do que outras e pela fraqueza muscular, tendinosa e ligamentar. Muitas dessas lesões são causadas pelo desgaste crônico e por lacerações, os quais são decorrentes de movimentos repetitivos que afetam os tecidos suscetíveis.


3)Sintomas





Dor nos braços, dor nas pernas ou coxas, ou em outros membros afetados pela repetição dos exercícios exagerados, dificuldade de movimentação, formigamento, falta de força e baixa sensibilidade.

 4)Diagnóstico/Exames
Para diagnosticar uma lesão esportiva ou qualquer lesão músculo esquelética, o médico questiona ao paciente quando e como a lesão ocorreu e quais foram as atividades recreativas e ocupacionais realizadas recentemente ou de maneira rotineira. Ele também realiza o exame da área lesada.
O paciente pode ser encaminhado a um especialista, para a realização de exames mais detalhados. Os exames diagnósticos incluem
Ø Radiografias,
Ø Tomografia computadorizada (TC),
Ø Ressonância magnética (RM),
Ø Artroscopia (visualização da articulação lesada com o auxílio de um pequeno aparelho visualizador inserido na articulação)
Ø Eletromiografia,
Ø Investigações computadorizadas da função muscular e articular.
5)Medidas de Prevenção

  Fazer exercícios em dias alternados
Acordar com os músculos rígidos e doloridos no dia seguinte ao de ter praticado um desporto competitivo ou de se ter exercitado com intensidade é normal. O modo mais rápido de recuperar é descansar, não fazendo qualquer exercício nesse dia. O exercício prolongado e vigoroso pode consumir grande parte do açúcar armazenado (glicogénio) nos músculos, que é a principal fonte de energia durante o exercício. Se os valores de glicogénio forem baixos, os músculos sentem-se pesados e cansados. Ingerir alimentos ricos em hidratos de carbono como pão, massa, frutas, cereais, grãos inteiros e a maioria das sobremesas, fornece glicogénio aos músculos. O descanso permite que quase todo o glicogénio que chega aos músculos seja armazenado e que as fibras musculares lesionadas se curem.  
  Alternância de exercícios
Diferentes exercícios mantêm tensos diversos grupos de músculos. Por exemplo, correr exercita principalmente os músculos inferiores da perna; apoiar-se nos calcanhares e levantar-se sobre os dedos exerce maior força sobre o tornozelo. Passear de bicicleta exercita principalmente os músculos superiores da perna; pedalar faz trabalhar os joelhos e as ancas. Remar e nadar exercitam a parte superior do corpo e das costas. Uma planificação ideal alterna exercícios para a parte superior do corpo um dia, com exercícios para a parte inferior no dia seguinte.
Nas pessoas que se exercitam todos os dias, esta alternância permite que os músculos recuperem, evita lesões e promove um melhor nível de estado físico. Correr 30 minutos num dia e passear de bicicleta durante outros 30 no dia seguinte é, sem dúvida, muito melhor para prevenir lesões que fazer todos os dias 15 minutos de cada exercício.
Os que praticam a maratona lesionam-se com maior frequência que os que fazem triatlo e competem em três desportos, mesmo quando os triatletas se exercitam muito mais. Os triatletas exercitam diferentes grupos de músculos em dias sucessivos; podem correr um dia e nadar ou andar de bicicleta no dia seguinte.
Ø Seguir o princípio do difícil-fácil
Para conseguir o melhor estado físico possível ou competir em competições atléticas, o interessado deve fazer exercício intensivo duas ou três vezes por semana e menos intensivo nos outros dias (o princípio do difícil-fácil).
Os atletas de competição treinam-se todos os dias e o treino é específico do desporto que praticam; uma pessoa não chega a ser o melhor corredor por andar de bicicleta. Assim, para se protegerem de lesões, os atletas planejam um treino difícil um dia, seguido por um fácil no dia seguinte. Deste modo, o treino difícil causa menos lesões musculares.
Difícil-fácil referem-se à intensidade, não à quantidade. Por exemplo, num dia fácil, um maratonista poderá correr 37 km, mas a um passo muito mais lento que num dia difícil. Os levantadores de pesos levantam os pesos mais difíceis apenas uma vez por semana e os pesos ligeiros nos restantes dias. Os jogadores de basquetebol fazem treinos longos e extenuantes num dia e praticam jogadas e cestos no dia seguinte.
Para desenvolver força, velocidade e resistência, os atletas exercitam-se duramente um dia para fazer com que os músculos se sintam pesados ou um pouco gastos, um sinal de que os músculos foram adequadamente trabalhados. Em geral, os músculos doem cerca de 48 horas. Então, os atletas exercitam-se com menor intensidade durante os dias seguintes, até que os músculos deixem de doer. Fazer exercício intensivo quando os músculos doem causa lesões e diminui o resultado, enquanto retomar o exercício quando cessa a dor os reforça.
Depois do exercício podem aparecer dois tipos de mal-estar. É preferível o primeiro: uma inflamação muscular retardada que aparece ao fim de várias horas em virtude dum exercício intenso, que geralmente afeta igualmente ambos os lados do corpo. Desaparece ao fim de 48 horas e, em geral, a pessoa sente-se melhor depois do aquecimento para retomar o conjunto de exercícios. O segundo mal-estar é a dor causada por uma lesão: é pior num lado do corpo, não desaparece nas 48 horas seguintes e agudiza-se ao retomar o exercício.
Ø Aquecimento
Elevar a temperatura dos músculos (aquecimento) antes de fazer exercício ou praticar um desporto pode ajudar a prevenir as lesões. Os músculos quentes são mais flexíveis e estão menos expostos às roturas que os músculos frios, cuja contração é frouxa. O aquecimento mais eficaz, muito melhor que o aquecimento passivo com água ou almofadas quentes, é a prática lenta e progressiva dos movimentos do exercício ou do desporto. Levando a cabo estes movimentos aumenta-se a irrigação dos músculos que serão utilizados, aquecendo-os e preparando-os para exercícios mais vigorosos.
O fluxo de sangue deve aumentar substancialmente para proteger os músculos das lesões durante o exercício. A calistenia (série de exercícios que exercitam um grupo muscular específico, como os abdominais) não é suficientemente específica para o aquecimento antes de se praticar um determinado desporto.
Ø Estiramentos
Uma pessoa deve fazer estiramentos apenas depois do aquecimento, quando os músculos estão quentes e é menos provável que se lacerem. O estiramento alonga os músculos e os tendões; os músculos mais compridos podem gerar mais força à volta das articulações, ajudando a saltar mais alto, levantar pesos mais resistentes, correr mais rapidamente e lançar objetos mais longe. Contudo, o estiramento, ao contrário dos exercícios contra resistência (como o levantamento de pesos), não fortalece os músculos. O fortalecimento dos músculos torna-os mais resistentes às roturas. Há poucas evidências de que os estiramentos previnam as lesões ou atrasem os ataques de inflamação muscular causados por uma lesão das fibras musculares.
Ø Arrefecimento
Afrouxar o passo gradualmente (arrefecimento) no fim do exercício ajuda a prevenir as tonturas. Quando os músculos da perna se relaxam, o sangue acumula-se (estagna) nas veias mais próximas. Para devolver o sangue ao coração, os músculos da perna devem contrair-se. Quando o exercício é bruscamente interrompido, o sangue estagna nas pernas e a irrigação cerebral é insuficiente, provocando tonturas.
O arrefecimento também ajuda a eliminar o ácido láctico, um produto residual que se forma nos músculos depois do exercício. O ácido láctico não causa a dor muscular de início tardio.

6)Tratamento/ medicamentoso 

Baseia-se no uso de anti-inflamatórios para reduzir a dor, além de repouso da atividade causadora. 

Terapia ocupacional, alongamento e, até mesmo, acupuntura são terapias alternativas que podem auxiliar neste processo. 

“Na acupuntura, há aplicação das agulhas em pontos específicos proporcionam o relaxamento dos músculos e estimulam o sistema supressor da dor”.

Medicamentos para Lesão por esforço repetitivo


Uma lesão por esforço repetitivo pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Os medicamentos mais comuns no tratamento de lesões por esforço repetitivo são:
Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula
7) Dieta
Nem mesmo uma Ferrari roda sem combustível, certo? O mesmo vale para nós: não dá para se exercitar e não se alimentar direito. Uma dieta incorreta leva a falta de uma série de nutrientes, que vão deixar tanto ossos quanto músculos, tendões e ligamentos mais fracos e propensos a lesões.
Invista em alimentos integrais, varie bastante vegetais, grãos e leguminosas e não descuide da hidratação: a falta de água também ajuda a se machucar.

8) cuidados de enfermagem

Ø Cuidado com excesso de alongamentos antes do treinamento
Pode ser conveniente pequenos ou mínimos alongamentos para alguns específicos indivíduos. Entretanto, o alongamento não pode nem deve ser confundido com aquecimento e muito menos executado em grande intensidade;

Ø Não aquecer corretamente

São inúmeros os indivíduos que, dia a dia, chegam à academia, carregam um equipamento, barra ou halter com pesos absurdos e começam seu “treinamento” sem aquecer o músculo. Normalmente estes, além de não conseguir bom desempenho nas séries e repetições finais do primeiro exercício, ainda são os que mais costumam reclamar sobre dores, principalmente articulares;

Ø cuidar para não entrar em overtraining
 quadro caracterizado pelo excesso de treinamento, o qual resulta em inúmeros aspectos negativos ao corpo, mente e saúde pode gerar inúmeros problemas, dentre eles, uma maior chance de fazer com que lesões se tornem mais fáceis e propícias;

Ø Excesso de peso
É extremamente comum vermos indivíduos os quais adentram nas academias, montam seus pesos e começam a executar os exercícios da maneira mais pífia e ridícula possível, sem levar em conta aspectos biomecânicos e tampouco uma execução primordialmente correta. Portanto, não importa se estamos levantando 1kg ou 1000kg, mas sim, o quanto de músculos estaremos construindo a partir disso. Em outras palavras, devemos ter a capacidade de construir um bom corpo, frente aos estímulos que proporcionamos ao decorrer desse treino, movimento ou exercício.
Ø Alimentação correta
A alimentação é substrato fundamental não só para a construção muscular, mas para inúmeros outros aspectos relacionados ao fornecimento de substratos ao corpo. Em outras palavras, é através da alimentação que conseguimos obter nutrientes necessários para manter nosso corpo funcionando adequadamente. E quando falo de alimentação, incluo também a água, composto esse que é fundamental para o mundo e para o corpo humano
9) referência
Aluna: Amanda Gomes.

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