terça-feira, 29 de março de 2016

Acidente Vascular Encefálico

Acidente Vascular Encefálico
O acidente vascular encefálico (AVE) ou acidente vascular cerebral (AVC) é um distúrbio neurológico ocasionado pela interrupção de irrigação circulatória em determinada área do encéfalo. Ocorre devido a uma alteração nas artérias ou veias da região encefálica.
É caracterizado pela perda súbita das funções em razão da isquemia por oclusão ou hemorragia, que estarão relacionadas com a classificação da AVE.
O AVE é classificado em dois tipos:
Ø Acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH): ocorre ruptura de um vaso encefálico, causando hemorragia no espaço intracerebral. Isso pode correr em razão de hipertensão arterial, arteriosclerose, ruptura de aneurisma ou debilidade congênita da parede do vaso.
Ø Acidente vascular encefálico isquêmico (AVEI): consiste na isquemia cerebral decorrente da obstrução de uma artéria por um trombo ou êmbolo.

Causas
Os distúrbios vasculares encefálicos têm causas diversas, porém, em geral, ocorrem por hipertensão arterial, malformações arteriovenosas, aneurismas, traumatismos, discrasias sanguíneas, tumores, aterosclerose, diabetes e hiperlipidemia. A presença desses distúrbios pode levar a um dos seguintes eventos:
Ø Trombose
Ø Embolia
Ø Estenose de uma artéria que vasculariza o encéfalo
Ø Hemorragia
Ø Espasmo arterial cerebral

Fatores predisponentes
Ø Hipertensão arterial
Ø Estresse
Ø Diabetes
Ø Tabagismo
Ø Etilismo
Ø Hereditariedade
Ø Sedentarismo
Ø Alimentação inadequada, rica em lipídeos
Ø Uso de Anticoncepcionais e de drogas

Sintomatologia
AVEH
Ø Cefaleia severa
Ø Alterações motoras
Ø Perda da comunicação
Ø Perda visual
Ø Anestesia
Ø Perda da coordenação dos movimentos (Ataxia)
Ø Alterações Vesicais
Ø Prejuízos da atividade mental e efeitos psicológicos.


AVEI
Ø Cefaleia
Ø Paralisação de uma parte do corpo (Monoparesia)
Ø Adormecimento de uma região (Parestesia)
Ø Prejuízo na emissão de sons vocais (Disfasia)
Ø Vertigens
Ø Visão Dupla (Diplopia)
Ø Perturbação da audição (Zumbidos).

Diagnóstico

Ø Avaliação cínica e exame neurológico
Ø Tomografia computadorizada de crânio
Ø Angiografia cerebral
Ø Exames Laboratoriais
Ø Ultrassonografia
Ø Punção lombar

Prevenção

Ø Controle da hipertensão
Ø Controle da diabetes
Ø Controle do colesterol
Ø Evitar alcoolismo
Ø Evitar Tabagismo

Tratamento

Na fase aguda, o paciente deve ser colocado em repouso, sentindo-se confortável. As condições vitais devem ser mantidas. A medicação visa combater o edema cerebral, prevenir infecções, evitar o aparecimento de úlceras, manter boa hidratação e funções fisiológicas.
Ø Terapia medicamentosa com trombolíticos e anticoagulantes: para dissolver os coágulos; corticosteroides para reduzir o edema cerebral.
Ø Tratamento cirúrgico: com o objetivo de estabilizar o fluxo sanguíneo da região, retiram-se possíveis placas de ateroma,

Assistência de enfermagem

1.   Controlar os sinais vitais (PA).
2.    Observar reações às solicitações verbais e aos estímulos dolorosos (nível de consciência).
3.   Manter lubrificação constante dos olhos para prevenir úlceras de córnea.
4.   Colocar coxins para manter o corpo em posição anatômica.
5.   Estimular a tosse e a expectoração.
6.   No caso de dificuldade de fala, ensinar outros tipos de comunicação.
7.   Fazer exercícios passivos e conscientizar o paciente quanto à importância dos exercícios para prevenir a atrofia dos membros (fisioterapia).
8.   Fazer mudanças de decúbito frequentes para prevenir úlceras, deformidades e estase de secreções brônquicas e estimular a circulação.
9.   Passar sonda vesical, nos casos de retenção urinária.
10.       Passar sonda nasogástrica ou enteral nos pacientes impossibilitados de se alimentar.
11.       Prestar cuidados de conforto e higiene.
12.       Fazer o balanço hídrico.

Destaque


Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), uma corrente elétrica é levada para uma bobina, que por sua vez gera um campo magnético. Esse campo magnético gera uma corrente induzida que incide sobre as áreas adjacentes da região lesionada do tecido cerebral, promovendo, com isso, a plasticidade das células. É um método que pode ser aplicado de forma segura e praticamente indolor em pacientes com distúrbios neurológicos e psiquiátricos. Contudo, o tratamento ainda não está disponível nas clínicas do Estado.
O experimento foi trazido pela professora Kátia Karina do Monte Silva durante intercâmbio no exterior. “As técnicas de EMT obtive enquanto estudei na Alemanha e Londres. Daí, resolvi trazer para cá e aplicá-la nos pacientes”, disse a docente. Ainda de acordo com Kátia, o procedimento não é invasivo, ou seja, não se faz necessária a realização de cirurgia.
No Recife, esse tipo de tratamento a pacientes, associado ao tratamento tradicional da fisioterapia, vem ocorrendo desde 2010, ano em que foi fundado o consultório nas dependências do Departamento de Fisioterapia da UFPE. Segundo uma das fisioterapeutas responsável pelo acompanhamento do quadro clínico dos pacientes de AVC no departamento, Rebeka Borba, aluna de Mestrado em Neurociência Aplicada da instituição federal, o resultado do tratamento, apesar de experimental, tem se mostrado satisfatório ao longo desse período. “Os pacientes relatam que tem melhorado nas atividades diárias. Com o tratamento, observamos também que as áreas (mãos, por exemplo) de espasticidades (endurecimento) vêm ficando mole”, contou.
Para os pacientes que sofreram AVC, o espaço para tratamento na UFPE é aberto e gratuito. Mas para isso, os doentes precisam se dirigir ao espaço e atenderem a alguns requisitos, tendo em vista as vagas limitadas. O departamento conta, hoje, com 25 profissionais da área, entre eles: alunos de graduação, mestrado e doutorado. Desde a sua fundação, mais de 60 pessoas com problemas de AVC (espasticidade), Parkinson e TDAH já foram atendidas no local.
Especialista defende junção de técnicas
Apesar de ser experimental, inovador e eficaz, a professora Kátia Karina defende que, somado ao tratamento com o método de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT), a associação deste com a fisioterapia tradicional ainda é muito importante. Isso porque, com a junção desses dois trabalhos, a recuperação de um paciente com AVC, por exemplo, é mais rápida e satisfatória.
“Acreditamos que juntando as duas técnicas (tradicional e o de estímulo) podemos potencializar mais o tratamento. O método de tratamento com a fisioterapia tradicional, que envolve exercícios motores, também é muito importante para a recuperação do paciente. Com a associação conseguimos potencializar os efeitos em 30%. Efeitos que iríamos ver com dois meses, se fosse só a fisioterapia tradicional, com a associação, em menos de um conseguimos ver um resultado mais efetivo”, ressaltou a docente.
Pelo método de fisioterapia tradicional, os pacientes realizam atividades de alongamento, exercícios de fortalecimento, equilíbrio, coordenação e estimulação sensorial no departamento de fisioterapia da UFPE.
 Alunas: Camila Alves; Flaviane Lira; Laryssa Matos;

2 comentários:

  1. O AVC e umas das patologias quem vem crescendo a ocorrência ao longo dos anos, o estilo de vida estressante estar intimamente ligado ao AVC, mais um estimulo para nos cuidarmos mais né galera. / Isla

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  2. O AVC e umas das patologias quem vem crescendo a ocorrência ao longo dos anos, o estilo de vida estressante estar intimamente ligado ao AVC, mais um estimulo para nos cuidarmos mais né galera. / Isla

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