terça-feira, 19 de abril de 2016

Endocardite


1- Conceito:
A endocardite bacteriana é uma inflamação que afeta as válvulas e o tecido que reveste o coração, devido à presença de bactérias ou fungos que chegam ao coração através da circulação sanguínea.
Algumas causas da endocardite bacteriana podem ser o uso de drogas injetáveis, piercings na boca ou na língua ou realizar algum tratamento dentário sem tomar antibióticos antes. No entanto, as causas mais comuns são possuir alguma má formação cardíaca ou possuir alguma lesão na válvula cardíaca.





Existem dois tipos de endocardite bacteriana:


1.   Endocardite bacteriana aguda: geralmente causada pela bactéria Staphylococcus aureus, é mais comum em indivíduos que utilizam drogas intravenosas porque esta bactéria encontra-se presente na superfície da pele, e as constantes 'picadas na pele' com seringas sujas permitem sua chegada a corrente sanguínea. Ela evolui rapidamente, podendo afetar o cérebro, pulmões, fígado e rins, podendo levar a morte em apenas 6 semanas.
2.   Endocardite bacteriana subaguda: normalmente é causada por Streptococcus viridans, Enterecoccus sp., Staphylococcus sp. ou bacilos gram-negativos. Evolui mais lentamente, podendo persistir por até 1 ano. Ela é mais comum em indivíduos que possuem piercings na boca ou em caso de câncer no sistema digestório, especialmente em caso de câncer de intestino.


2- Causas:

As causas da endocardite bacteriana podem ser:
  • Defeito congênito no coração;
  • Lesão na válvula cardíaca;
  • Caso anterior de endocardite;
  • Nova válvula cardíaca;
  • Colocação de cateter intravenoso;
  • Colocação de pacemaker;
  • Implante de piercing bucal;
  • Uso de drogas ilícitas injetáveis.

3- Sintomas de Endocardite:

A endocardite pode se desenvolver vagarosamente ou de repente, dependendo de qual infecção está originando o problema e se a pessoa já tem algum problema cardíaco. Os sintomas podem variar, mas a maioria inclui:
  • Febre e calafrios
  • Sopro no coração
  • Fadiga
  • Dor nos músculos e articulações
  • Sudorese noturna
  • Respiração curta
  • Palidez
  • Tosse persistente
  • Perda de peso não-intencional
  • Sangue ou outras alterações na urina
  • Suor nos pés, pernas e abdômen
  • Nódulos de Osler, que são pontos vermelhos dolorosos em baixo da pele dos dedos
  • Petéquias, que são pequenas manchas roxas ou vermelhas na pele, ou manchas brancas nos olhos e/ou dentro da boca.

 4- Diagnóstico:
Para chegar ao diagnóstico completo e preciso sobre a doença, o paciente além de relatar todos os sintomas clínicos, deve realizar:

  •  exames de sangue como hemograma completo e hemocultura, 
  •  exames que possam avaliar o coração:
  •  ecocardiograma e ecocardiograma trans-esofágico.


5- Medidas Preventivas:

Para ajudar a prevenir endocardite é muito importante ter uma boa higiene, principalmente bucal. Evite procedimentos que podem gerar infecções como tatuagens e piercings. Procure cuidados médicos sempre que tiver algum problema de pele ou corte que infeccionar. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos como prevenção à procedimentos dentários que aumentam os riscos de infecção e, consequentemente, de desenvolver endocardite.

6- Tratamento:

O tratamento de endocardite normalmente se dá com o uso de antibióticos fortes, geralmente intravenosos, durante quatro ou seis semanas. A duração do tratamento vai depender da sua intensidade, de quão severa foi a infecção e da resposta do organismo contra a bactéria. Em alguns casos, dependendo de quanto a válvula já foi danificada, pode ser necessário realizar uma cirurgia no local.
Medicamentos para Endocardite:

Quando a endocardite é causada por bactérias, os medicamentos mais usados para o tratamento da doença são:
  • Amoxilina
  • Bepeben
  • Eritromicina

7- Dietas:






  •   Dieta pobre em gorduras;









8- Cuidados de enfermagem:

·        Aumentar débito cardíaco;
·        Controlar sinais vitais;
·        Avaliar possível aparecimento de complicações;
·        Sinais de insuficiência cardíaca congestiva;
·        Embolias;
·        Função respiratória;
·        Administrar O2;
·        Promover perfusão dos tecidos;
·        Proporcionar repouso adequado entre as atividades;
·        Realizar exercícios de amplitude de movimentos, ativos e passivos, conforme tolerância;
·        Avaliar TA e FC ortostáticos;
·        Avaliar circulação periférica – pulsos, preenchimento capilar;
·        Aumento da tolerância à atividade;
·        Avaliar tolerância à atividade vigiando sinais vitais entes e depois do exercício;

·        Aumentar gradualmente a atividade, pois um aumento exacerbado da FC é prejudicial;

9-Referências:

Saúde Medicina. Disponível em: <http://www.saudemedicina.com/endocardite/> Acesso em 19 de abril de 2016

Maira e Cia. Disponível em:

Minha vida. Disponível em:http://www.minhavida.com.br/saude/temas/endocarditeAcesso em 19 de abril de 2016




Por: Patricia soares 


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