segunda-feira, 4 de abril de 2016

Doença de gente grande

Também conhecida como papeira ou parotidite, a caxumba tem alto grau de contagio e é causada pelo vírus paramyxovirus. Pela rigidez com a doença se espalha, um caso em um ambiente fechado pode, facilmente, se transformar em um surto. Foi o que aconteceu nas últimas semanas no presidio da papuda, em que mais de 70 pessoas foram infectadas, de acordo com a secretaria de saúde do distrito federal.
Segundo o médico infectologista e chefe da comissão de controle de infecção hospitalar do hospital santa lúcia, o Werciley Júnior, os sintomas da doença são mais intensos nos adultos, passando a impressão que o problema e mais grave em idade mais avançadas. “Como o sistema imunológico do adulto e mais responsivo do que das crianças, os efeitos são mais intensos”, explica o especialista.
A caxumba não possui tratamento específico. Os médicos buscam diminuir o desconforto e ressaltam a importância da prevenção, feita por meio de vacina. O calendário de vacinação foi alterado recentemente e hoje o problema e combatido em duas doses. A primeira deve ser administrada aos 12 meses de vida e a segunda entre os 15 e 18 meses. Os adultos que não tomaram o reforço quando criança pode ser imunizadas nos postos de saúde. Os médicos recomendam a aplicação do tríplice viral, vacina que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba.


Palavras do especialista

Pelo sintoma serem mais intensos em adultos, muitas pessoas expõem crianças ao vírus intencionalmente isso e recomendado?
Não. Nem no caso da caxumba e nem do da catapora. A recomendação e imunizar a criança por meio da vacina. A imunidade e sempre mais segura do que a doença. Não existe razão para expor a criança aos riscos e complicações da caxumba se existe uma vacina disponível.
E possível ter caxumba mais de uma vez, ou mesmo depois de tomar a vacina?
Hoje existe o reforço, mais isso e recente. Antigamente, as pessoas tomavam apenas uma dose e quem não recebeu o reforço tem risco maior de pega a doença mais de uma vez. Isso ocorre porque a pessoa passa muito tempo sem ser exposta ao vírus e, por mais que seja raro existem relatos de pacientes que tiveram a doença na infância, tomaram a duas doses e, mesmo assim, pegaram caxumba de novo. Isso pode ser explicado por mutações no vírus em circulação.
Há casos de pessoas terem o vírus e nunca desenvolverem a doença?
Sim, a pessoa pode ter a doença assintomática, ou seja, tenha o vírus, consegui transmitir, mas não apresenta nenhum sintoma clínico, isso e comum na grande maioria das doenças virais, e com a caxumba não e diferente.

Alberto Chebabo infectologista do laboratório exame.

Alunos: Carlos A. da Silva / Gabriely Morais

Revista do correio braziliense
Domingo, 21 de fevereiro de 2016 
Ano 11. numero 562
Por AILIM CABRAL


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