segunda-feira, 11 de abril de 2016



                 Sistema Cardiovascular

O coração é um órgão muscular oco, localizado no centro do tórax, sobre o diafragma, e ocupa o espaço entre os pulmões (mediastino). Pesa aproximadamente 300g. Sua função é bombear sangue para os tecidos, suprindo –os de oxigênio e outros nutrientes. O sangue bombeado pelo lado direito do coração é distribuído para os pulmões pela artéria pulmonar, enquanto o sangue bombeado pelo lado esquerdo segue para o restante do corpo através da artéria aorta.

                  Anatomia do coração

O coração é um órgão situado na cavidade torácica, atrás do osso esterno e acima do musculo diafragma, sobre o qual repousa, no espaço compreendido entre dois sacos pleural.
As cavidade cardíacas são separadas por septos, que divide o coração em quatro câmeras, duas em porção superior (átrio direito-AD-e esquerdo –AE) e duas em porção inferior (ventrículos direito-VD-e esquerdo-VE).
As câmeras correspondentes ao AD e ao VD estão separadas por uma valva que possibilita a passagem de sangue da porção superior direita para a inferior direita, denominada valva tricúspide (valva atrioventricular direita com três cúspides ou três folhetos). Já as câmeras posicionada no lado esquerdo do coração possuem uma valva atrioventricular esquerda denominada valva mitral e contém dois folhetos ou duas cúspides em sua morfologia.
Existem, ainda, vasos pelos quais o sangue chega ao coração ou sai dele: na porção superior à direita, encontra-se as veias cavas superior e inferior, que desembocam no átrio direito; do lado esquerdo, também na porção superior, ou seja, no átrio esquerdo localiza-se as veias pulmonares (em número de quatro-duas para o pulmão direito e duas para o esquerdo).
No ventrículo direito fica a origem do tronco pulmonar, que se bifurca e gera as artérias pulmonares direita e esquerda para os respectivos pulmões. A aorta origina-se no ventrículo esquerdo, formando um arco que se posiciona acima e à esquerda (arco aórtico). No tronco pulmonar tem-se a valva pulmonar, e na artéria aorta, a valva aórtica, ambas com a função de impedir o retorno de sangue após cada ejeção durante o ciclo cardíaco.

                


         
              Infarto agudo do miocárdio (IAM)

O infarto agudo do miocárdio(IAM) consiste em uma lesão do musculo miocárdico, ocasionando destruição tecidual no músculo cardíaco, decorrente de um suprimento sanguíneo insuficiente pelas artérias coronárias. Ocorre, então, um desequilíbrio entre a oferta e a necessidade de oxigênio, resultando na necrose do tecido miocárdio. Em geral, acomete homens com 40 anos ou mais, porém também pode acometer pessoas mais jovens. Nos jovens, há riscos maior de infarto fulminante, pois nele não há presença de circulação colateral.

                               Causas

       O IAM pode estar associado a:
·        Doença coronariana oclusiva de alto grau, como aterosclerose e arteriosclerose;
·        Oclusão total de uma artéria coronária normal, em virtude de um êmbolo ou trombo e/ou vasoespasmo;
·        Redução súbita e acentuada do fluxo sanguíneo coronariano nos estados de choque;
·        Traumatismos.

                         Fatores de riscos

·        Sexo e idade: de forma geral, é mais frequentes em homens que em mulheres até 55 anos, porém quanto mais próximo a mulher estiver da menopausa, os riscos se igualam.
·        Histórico familiar.
·        Colesterol alto (200 – 250 mg aumenta o risco em duas vezes, e 300g aumenta o risco em quatro vezes).
·        Hipertensão arterial e diabetes mellitus.
·        Tabagismo e etilismo.
·        Sedentarismo.
·        Obesidade.
·        Estresse.

                           Sintomatologia

·        Dor precordial súbita, não relacionada a esforço nem a estresse, que pode ocorrer em qualquer região da face anterior do tórax, epigástrio, mandíbula, ombros e braços; Característica: aperto, garra, pontadas; 
·        Dispneia, palidez, sudorese fria e pegajosa;
·        Náuseas e vômitos;
·        Pulso rápido e fraco;
·        É comum o choque cardiogênico, caracterizado por palidez, sudorese abundante, ele fria e pegajosa que, se não tratado, pode levar à morte;
·        Hipotensão arterial, ansiedade;
·        Sensação de morte iminente.

       Diferentemente da angina, a dor persiste por horas ou dias, começa                espontaneamente e não tem alivio após repouso.

                            Diagnóstico

·        Histórico clínico e quadro clínico (Identificação de histórico familiar, presença de fatores de risco, doenças prévias);
·        ECG (permite visualização de alteração e determinação da localização da isquemia);
·        Exames laboratoriais (enzimas, creatinofosfoquinase – CPK- e desidrogenase.



                    Tratamento

O paciente necessita de tratamento em unidade de terapia intensiva(UTI) com monitoração eletrocardiográfica. O tratamento baseia – se em:

·        Prevenir ou corrigir o choque;
·        Aliviar a dor;
·        Administrar medicamentos: betabloqueadores (como o Inderal ou Propranolol), antagonistas do cálcio (como o Dilacoron e Adalat), Anticoagulantes (como a heparina), Antiarrítmicos (como a lidocaína, sulfato de quinidina, Inderal), Analgésicos potentes (como a morfina e a meperidina), trombolíticos (estreptoquinase)
·        Administrar oxigenoterapia;
·        Manter paciente em repouso absoluto nos primeiros dias;
·        Administrar dieta de fácil digestão, não fermentativa.

            Assistência de enfermagem

1.   Manter o paciente em repouso absoluto.
2.   Promover ambiente calmo e tranquilo.
3.   Evitar esforços físicos para o paciente.
4.   Prestar cuidados higiênicos.
5.    Trocar roupas, quando molhadas de suor.
6.   Controlar PA e pulso frequentemente.
7.   Observar continuamente o monitor de ECG para visualizar a arritmias.
8.   Observar o aparecimento de dor e aliviá-la.
9. Observar o aparecimento de sintomas, tais como sudorese, náuseas, vômitos, agitação, palidez, desmaios, cianose.
                  10. Comunicar as anormalidades ao medico ou ao enfermeiro.
                  11. Controlar os líquidos ingeridos e eliminados. 
                  12. Observar sinais e sintomas de hemorragias.
                  13. Oferecer dieta fracionada e laxativa.
                  14. Não oferecer alimentos nem líquidos muito gelados.
                  15. Evitar que o paciente faça muito esforço para evacuar.




Gabriely Morais e Nayane Fenandes.

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