quarta-feira, 23 de março de 2016

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO

TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO


(Disfunção cerebral causada por uma força externa, geralmente uma pancada violenta na cabeça.)

Os traumatismo cranioencefálicos  (TCE) envolve lesões no couro cabeludo e no encéfalo. Encontra-se entre os mais frequentes e mais graves distúrbios neurológicos. O principal risco para os pacientes que apresenta TCE é lesão encéfalo, resultante de sangramento ou edema em resposta ao trauma, é uma consequência do aumento da PIC.





CAUSAS
O TCE tem como causa acidentes de trânsito (automobilístico, ciclísticos, motociclísticos, atropelamentos), quedas, agressões, lesões por arma de fogo, catástrofes, esportes entre outros. Dentre esses, os acidentes de trânsito são os principais causadores de trauma cranioencefálico, tendo uma porcentagem em torno de 60% a 70%. Além disso, observou-se que os acidentes envolvendo o trânsito foram os principais responsáveis por causar invalidez após traumas mecânicos na última década no Brasil.

SINTOMATOLOGIA
Varia de acordo com o local atingido em sua intensidade. As principais manifestações são: dor, hemorragia nasal e otorragia, hematoma na região das conjuntivas e perda de LCR.
Contusão localizada na região parieto-temporal D.

LESÕES NO COURO CABELUDO

Lesões no couro cabeludo são resultantes de escoriações, contusões, entre outros, e podem ocasionar sangramento abundante, já que a região é bastante vascularizada. É importante que a área lesada seja devidamente limpa e tratada, pois feridas no couro cabeludo são portas de entrada para infecções intracranianas. Se ocorrer lesão superficial, o recomendado é higienizar a área: pode-se utilizar gaze estéril e solução fisiológica.


Lesão em couro cabeludo por disparo de PAF obliquo no crânio.


FRATURAS DE CRÂNIO
ABERTAS: Ocorre ruptura da dura-máter. Em geral, são fraturas depressíveis, ou seja, ocorre afundamento de áreas da caixa craniana. Esse tipo de fratura requer intervenção cirúrgica – o couro cabeludo é tricotomizado e lavado com grandes volumes de soro fisiológicos (SF) 0,9% para a remoção de fragmentos ósseos; fecha-se a dura-máter, é a ferida é ocluída. A cranioplastia é o reparo de defeitos no crânio, sendo utilizadas placas metálicas ou plásticas.




FECHADAS: não ocorre ruptura da dura-máter (em geral, não são fraturas depressíveis). Normalmente, não necessitam de tratamento cirúrgico, mas é indispensável a observação atenta do paciente, pois, devido ao trauma da região, poderão ocorrer complicações e alterações neurológicas.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

1.     Manter acesso venoso periférico calibroso.
2.     Aferir sinais vitais de 15/15 min ou conforme prescrição de enfermagem.
3.     Realizar cateterismo vesical de demora.
4.     Manter alinhamento corporal do crânio e região cervical com o corpo.
5.     Manter permeabilidade das vias aéreas.
6.     Encaminhar e acompanhar paciente para exames solicitados.
7.     Atentar e comunicar sinais de choque hipovolêmico.






Alunos: Carlos Adeilson da Silva e Suelen Cristina Rodrigues de Miranda


Referencia Bibliográfica:Curso Didático de enfermagem, modulo I: volume 2/  Organizadores Andréa Laplaca  Viana.- 8. Ed ver. E ampliada – São caetano do sul, SP: Yendis Editora, 2014; Rio de Janeiro: Editora Senac. Rio de Janeiro.

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