Sistema
hematológico
Anatomia e fisiologia
O sistema hematológico compreende o sangue e os locais em que ele é formado, incluindo a medula óssea e os nódulos linfáticos.
Sangue
Veículo para transporte de nutrientes, excretas
celulares, hormônios, eletrólitos e outras substancias de uma parte do corpo
para outra. As células sanguíneas dividem-se em eritrócitos (glóbulos vermelhos),
leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. O volume de sangue é de aproximadamente
7% a 10% do peso corporal, ou seja, cerca de 5 litros.
Eritrócitos
ou glóbulos vermelhos ou hemácias
Tem como função principal transportar hemoglobina, que, por
sua vez, transporta oxigênio dos pulmões para todos os tecidos e é responsável pela
cor vermelha do sangue. Existem em torno de 5 milhões de eritrócitos/ml de
sangue. A altitude em que se encontra o indivíduo e o grau de exercícios praticados
afetam o número de eritrócitos no sangue. Hematócritos é a fração de sangue
ocupada pelos eritrócitos (normalmente 40%). Cada 100ml de sangue contem 15g de
hemoglobina.
Leucócitos
ou glóbulos brancos
São células moveis do sistema protetor do organismo
formadas em partes na medula óssea ( granulócitos e monócitos) e em parte nos gânglios
linfáticos ( linfócitos). Os granulócitos e monócitos atuam ingerindo os
agentes invasores por meio da fagocitose. Os linfócitos atuam na defesa do
organismo, nas inflamações crônicas e contra proteínas estranhas. Os leucócitos
estão presentes em torno de 5.000 a 10.000/ml de sangue.
Plaquetas
Participam do mecanismo de coagulação do sangue. Há em
torno de 250.000 a 45.000/ml de sangue.
Medula
óssea
Ocupa o interior dos ossos longos e representa o local de
produção do sangue (medula vermelha). Para a produção normal de eritrócitos, a
medula óssea necessita de ferro, vitamina b12, ácido fólico e vitamina b6. A deficiência
de qualquer um desses fatores leva a uma diminuição da produção dos glóbulos
vermelhos com consequente anemia.
HEMOFILIA
Ocorre por deficiência ou ausência do fator de
coagulação. É de causa genética, sendo mais comum em homens.
DIAGNÓSTICO
O gene que causa a
hemofilia é transmitido pelo par de cromossomos sexuais XX. Em geral, as
mulheres não desenvolvem a doença, mas são portadoras do defeito. O filho do
sexo masculino é que pode manifestar a enfermidade.
SINTOMATOLOGIA
Dificuldade
na coagulação do sangue, causando hemorragias incontroláveis;
Hemartrose
(sangramento nas articulações);
Gengivorragias;
Sangramento
do trato gastrintestinal;
Hematúria
(eliminação de sangue pela urina).
Como a hemofilia é uma doença recessiva
ligada ao cromossomo sexual X, as filhas de um homem hemofílico sempre serão
portadoras da doença (carregam o gene, mas não têm os sintomas). Os filhos de
uma mulher portadora de um gene defeituoso terão risco de 50% de sofrerem de hemofilia.
TRATAMENTO
O tratamento
da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposição do fator
anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e
com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem
gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores
serão as sequelas que deixarão os sangramentos. Por isso, o paciente deve ter
em casa a dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para seu caso e
ser treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareçam os primeiros
sintomas.
Deve também
fazer também aplicações de gelo, no mínimo, três vezes por dia, por 15 ou 20
minutos, até que a hemorragia estanque.
Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser
encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover
estabilidade articular.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
1. Nas
crises hemorrágicas, manter o paciente em repouso absoluto e administrar a
transfusão de sangue com os fatores de coagulação.
2. Observar
os sinais de sangramento.
3. Aplicar
compressas de gelo nos locais com hemorragia.
4. Cuidar
da higiene oral.
5. Evitar
medicações irritantes ao trato gastrintestinal e medicação parenteral.
RECOMENDAÇÕES
Os pais devem
procurar assistência médica se o filho apresentar sangramentos frequentes e
desproporcionais ao tamanho do trauma;
Manchas roxas que
aparecem no bebê, quando bate nas grades do berço, podem ser um sinal de alerta
para diagnóstico da hemofilia;
Os pais precisam ser
orientados para saber como lidar com o filho hemofílico e devem estimular a
criança a crescer normalmente;
A prática regular de
exercícios que fortaleçam a musculatura é fundamental para os hemofílicos. No
entanto, esportes como judô, rúgbi e futebol são desaconselhados;
Episódios
de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possível para evitar as
sequelas musculares e articulares causadas pela hemorragia.
Alunos:
Carlos, Keila, Edvalda
Créditos: Referencia Bibliográfica:Curso
Didático de enfermagem, modulo I: volume 2/ Organizadores Andréa
Laplaca Viana.- 8. Ed ver. E ampliada – São caetano do sul, SP:
Yendis Editora, 2014; Rio de Janeiro: Editora Senac. Rio de Janeiro.
http://drauziovarella.com.br/letras/h/hemofilia/
Bom - Nágilla
ResponderExcluirÓtimo!
ResponderExcluirachei muito interessante . Gabriela sena pereira
ResponderExcluirÓtimo!/ Laryssa
ResponderExcluir