Artrite
Conceito
A artrite reumatóide é uma doença auto-imune de etiologia
desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à
deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem.
É uma doença inflamatória crônica que geralmente afeta as
pequenas articulações das mãos e dos pés. A artrite reumatoide afeta o
revestimento de suas articulações, causando um inchaço doloroso.
Além de causar
problemas de articulações, a artrite reumatoide, por vezes, pode afetar outros
órgãos do corpo – tais como pele, olhos, pulmões e vasos sanguíneos. Embora a artrite reumatoide seja mais comum em pessoas entre 35 e 55 anos, ela pode acontecer em qualquer faixa etária, da infância à terceira idade. A doença é mais prevalente entre mulheres, sendo de quatro a cinco vezes mais comum no sexo feminino. Ocorre em cerca de 1% da população, ou seja, uma em cada 100 pessoas pode ter a doença.
Causas
A causa da artrite reumatoide é desconhecida. É uma doença
autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca os tecidos
saudáveis por engano. Infecções, genes, mudanças hormonais e fatores
ambientais, como o cigarro, podem estar relacionados com a doença.
Sinais e sintomas
- Dor,
inchaço e aumento da temperatura nas articulações
- Rigidez
matinal, que pode durar horas
- Caroços
firmes de tecido sob a pele em seus braços (nódulos reumatoides)
- Fadiga,
febre e perda de peso.
Sinais e sintomas
de artrite reumatoide podem variar em termos de gravidade e podem ser
intermitentes (aparecer e desaparecer). Períodos de maior atividade da doença,
chamados crises, se alternam com períodos de remissão relativa - quando o
inchaço e a dor desaparecem ou ficam menos frequentes.
Diagnóstico
O curso da artrite reumatoide (AR) varia entre os pacientes, mas os períodos de crises e remissões são típicos da doença. A inflamação dos tecidos indica que a AR está ativa, ao passo que a sua diminuição caracteriza a remissão, podendo ficar inativa – de forma espontânea ou pelo tratamento – durante semanas, meses ou até anos.
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, o diagnóstico da artrite reumatoide depende da associação de uma série de sintomas e sinais característicos, além da realização de exames laboratoriais e por imagens que ajudam a confirmar a doença e fazer o monitoramento nos pacientes.
O reumatologista é o especialista indicado para avaliar e estabelecer o melhor plano de tratamento para cada caso. Já os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional ajudam o paciente a continuar a exercer as atividades diárias. Além disso, grupos de apoio podem auxiliá-lo a conviver com a doença e a enfrentar as suas limitações.
Medidas preventiva
Exercícios e atividades físicas são aconselhados, uma vez que fortalece os ligamentos, articulações e músculos.
– O controle do peso também é fundamental, sobretudo para a prevenção da osteoartrite (artrose).
– Controle a sua pressão sanguínea, assim como a sua taxa de colesterol, pois existe um risco maior de complicações cardiovasculares em pacientes que sofrem de artrite reumatóide (tipo de artrite).
Tratamento
A artrite reumatóide não tem cura, mas pode ser controlada. Por isso é extremamente importante começar o tratamento logo no início da doença.
Existem duas maneiras de tratar a doença: o tratamento farmacológico e o não-farmacológico. No primeiro são usados medicamentos que têm potencial para ajudar a aliviar os sintomas e aqueles com potencial para mudar o curso da doença. Alguns dos medicamentos afetam o sistema imunológico ou têm efeitos colaterais, por isso recomenda-se acompanhamento médico cuidadoso durante o tratamento.
No tratamento não-farmacológico, são utilizados programas de exercícios que podem contribuir para a prevenção de deformidades e a manutenção da massa muscular, embora eles devam ser iniciados cuidadosamente se o processo inflamatório agudo ainda estiver ativo. Também são utilizados dispositivos, como sapatos ortopédicos, que podem auxiliar nas tarefas diárias. Aparelhos para mobilização podem poupar a articulação em locais específicos de inflamação.
Cuidados de enfermagem
·
Explicar a natureza da doença e os princípios do
tratamento;
·
Descrever o esquema medicamentoso;
·
Identificar os procedimentos de monitorização e
as estratégias que devem ser implementadas;
·
Demonstrar a auto-administração exata e segura
de medicamentos;
·
Descrever e demonstrar o uso de técnicas de
tratamento da dor;
·
Demonstrar o uso de técnicas de proteção
articular nas atividades da vida diária;
·
Demonstrar a capacidade de realizar as
atividades de autocuidado de forma independente ou com aparelhos de auxílio;
·
Demonstrar um programa de exercício seguro;
·
Demonstrar a técnica de relaxamento;
Referência
Livro Brunner & Suddarth Tratado de
enfermagem médico-cirúrgica 9ª edição volume 2
Alunas: Gabriely Morais e Laryssa Matos
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